12 de mai. de 2014

ALÉM DO OBVIO: consultório vocacional.

-Ó, ó, lá.
Ta se aproximando um cliente!
Chega de facebook, se ergue do lado da porta, tira o sorriso Colgate do bolso e convença a nossa vítima que é um diamante bruto.







































-Mas, eu não sei…
-Chega! Não esqueça que eu descobri você e a convenci do mesmo. Se não fosse por mim, você ainda estaria na fila dos desempregados… não é?
Cabisbaixa diz: -Sim… e se acomoda do lado da porta, mas, com sorriso de Miss Universo deprimida.
A vítima entra e logo depois Dalmira a aborda.
-Bom dia! O senhor está procurando ajuda?
-Sim, há dois meses tó desempregado e verdadeiramente não sei o que fazer de minha vida.
Com os olhos úmidos, se desculpa e se apresenta.
-Oscar… Oscar Senhar
-O senhor estudou alguma coisa?
-Sim, sou arquiteto.
Dalmira, falsamente empolgada pela coincidência diz: -Nossa, eu também!
Mas por baixo pensa: coitado, arquiteto e com esse nome, como não se sentir afogado?
-Que bom Oscar… Essa é uma profissão que o prepara para tudo, né?
Quase que somos “tudólogos”
-Sim? Pergunta não muito convencido Oscar.
-Sim, somos. E olha, não por acaso você tem o mesmo nome que nosso grande Oscar Niemeyer.
-Você acha?
-Sem dúvidas, é um sinal.
-Mas o problema é que não sou um arquiteto estrela. Minha maior obra foi o banheiro da tia Mimi e nem sequer funciona direito. Tem problema com o esgoto.
-Você disse a palavra mágica Oscar. Esgoto!
Imagino que você tem que estar esgotado com a situação, mas saiba que vamos achar uma saída, e tenha certeza, isso não vai dar merda!
Ups, desculpa pelo léxico, mas estou super entusiasmada com seu caso.
Você tem um ar especial, você é um diamante bruto!
Vamos começar por um teste bem simples para avaliar sua capacidade empreendedora.
Eu apresento uma sequência e você só tem que continuá-la.
2, 10, 12, 16, 17... Qual é o próximo número?
A chave é uma resposta rápida. Senso comum!
Vamos La! Cadê seu Donald Trump interior?
Oscar, como  todo arquiteto que se preze, perdeu o senso comum no parto.
Dai que, super empolgado, tira da bolsa uma caneta e começa a fazer contas e equações de todo tipo e cor.
(√2x17) / 16 < 10 porém 17-16=1 que é a metade de 2 que vezes 5 é 10
E assim por diante.
Quase uma hora depois Oscar deletou o assunto.
Na borda do desespero, Dalmira tenta ajudá-lo.
-Tem que procurar além dddddo obvio...
A resposta está DDddddiante de você, não posso ddddar mais DDDicas...
Oscar, abatido pela situação, pega suas coisas decidido a voltar à fila dos desempregados, quando Dalmira grita:
-Não, pera ai!
Não se desespere, hoje você não conseguiu, porém você é um cliente especial que merece um atendimento especial.
A consulta custa R$400, mas para você, hoje são R$300
Alem disso, se pagar hoje 10 meses de consultoria tem 5% de desconto e no último mês, de presente, um livro de Paulo Coelho a sua escolha!
Oscar, totalmente sem rumo, entrega o cartão de débito a Dalmira e escolhe o livro.
Ela, entre contente e culpada pelo dever cumprido, faz uma última tentativa:
-O que acha se a gente marcar outra consulta em dDDDdDddddezoito dddias?
Oscar ausente olhando a capa de sua nova bíblia, responde: ótimo!
Nossa Miss Universo Deprimida, se despede da vítima e, diante da tela, começa a curtir fotos no facebook.
-FIM-


Nota final: se você ainda não sabe a resposta, não se desespere. É 18 ou DDDDDezoito se ainda não acredita, kkkkk

23 de mar. de 2014

A TRAGÉDIA DO SANDUICHINHO DO AVIÃO.

Uma e outra vez se escuta:
-Não, obrigado.
-Mmm não, muito obrigado.
-Não, agradecida.

Até Angelita, uma velhinha de manual, solta com voz trêmula um: 
- Não, acabo de tomar café da tarde com meus netos… te agradeço muito,  meu coração, mas não tenho fome.

De um lado e do outro do corredor é um fracasso absoluto o sanduiche do avião.
Laranjinho, o aeromoço do turno, se retira a seu posto cabisbaixo arrastando seu carrinho transbordante de sanduiches. Se afasta.

Dois passos mais atrás, fora de perigo, a velhinha volta a respirar. Tira o tupperwear  cheio de “muffins” e com voz atrevida diz ao marido:
-Amor, será que você pode preparar o chimarrão? Eu vou ver se consigo água quente com esse rapaz que parece bonzinho.

Cambaleando pelo corredor se aproxima do posto dos aeromoços. Com sua “matera”[1] nas  costas, se prepara para começar sua atuação da velhinha viciada no chazinho das cinco, quando um choro a deixa paralisada.
Derruba seus olhos para baixo e estende suas fofas mãos de vovó para dar  consolo  a uma criancinha perdida .

Grande surpresa teve, quando viu Laranjinho em vez da criancinha indefesa que sua imaginação criou.

Nosso aeromoço estrela é um “sex symbol” do ar: um metro noventa, todo malhado e bronzeado. Dono de uma sensibilidade especial, ama seu trabalho e ainda mais seu uniforme: camisa laranja (dai seu apelido) e calça cinza super entalhada.

Retomando: imagine a surpresa de Angelita quando vê o aeromoço sequestrado dentro da calça e abraçado ao carrinho da comida. Obviamente sua cabeça viajou mais rápido do que o senso comum e pensou qualquer coisa.

-Jovem,está bem? O que acontece com você? Quer que peçamos ajuda para tirá-lo da calça?
Entre surpreso e agradecido ele diz:
-Não, não tenho nenhum problema com a calça … são os sanduiches.

É nesse momento que repara com exatidão a cena que a rodeia:  Laranjinho engole entre choro e choro um sanduiche. Metodicamente repete a ação e enquanto Angelita acaricia seu rosto, entra em confiança e pode soltar algumas palavras. Está totalmente abatido.
A mulher, compungida com a situação, faz sinais ao marido para que durma. A operação “chimarrão a bordo” foi abortada. Ela tem uma nova prioridade: psicóloga de voo.

-Me diga, como é seu nome?
-Eliezer, mas pode me chamar de Laranjinho.
-Ah, que lindo...
Me escuta Mimoso, ups, Laranjinho, o que está acontecendo com você?
-É que…, buaaaaaaaaaaaaaaa, os san…buuuuuuuaaaaa..duicheeeeeeeeeeees…buaaaaa são um fracasso, buaaaaa
Ah… era isso…

Continua o ritual choro, sanduiche, choro, sanduiche.

-Me desculpa, mas eu não sabia… se acalma, não é tão grave…
-O que?

Irritado e incrédulo diante de tamanha afirmação insiste:
-O que acha que não é tão grave? Todo meu futuro laboral está em jogo. Ninguém quer comer os sanduiches. Sou um fracasso como aeromoço e você me diz: não tem importância?
-Me desculpa Mimoso, posso te chamar assim, né?
Assentindo com a cabeça, continua seu desabafo.

-Além disso, o que acha, que não reparei no tupperwear cheio de “muffins”?
Estou acostumado a lidar com velh...

Antes de deixá-lo concluir, o interrompe e se apresenta: -Angelita, prazer.

Ele se contém, respira e continua: 
-Angelita… estou acostumado a este tipo de passageiros.

Ela, evidentemente nervosa,  não sabe o que fazer com as mãos. Acomoda seu cabelo, a roupa e num gesto de desespero tenta esconder a “matera”.

Laranjinho arremete: 
-Não se esforce, já a vi. Como lhe dizia, estou acostumado a tudo isto, mostrando  com o queixo a “matera”.

-Que mancada, Laranjinho, me desculpa…
-Não, fica tranquila, em um minutinho te levo a garrafa térmica com água quente. Assim talvez alguém fique contente com meu trabalho.
-Aiii eu dizia a meu marido que você parecia um amor…
Mas fico triste, como posso te ajudar? Chega de comer isso! Vai te fazer mal!
-Não, prefiro morrer intoxicado a ver o carrinho cheio. Meu coração não resistiria.
Você não sabe o que era isto antes, todo o voo batendo palmas pedindo mais e mais.
Que época meu Deus! Que presunto! Que pão! Aclamado pelo público, ovacionado!
Me lembro e me emociono…

Borbotões de lágrimas se empoçam nos olhos de Laranjinho e no berço da lembrança começa a cantar: 
-Posso escutá-los…Sanduchinhos, sanduichinhos!!!
-Não,  não, não! Não me chamo Angelita se não conseguir te ajudar.
Você não pode continuar  assim, rapaz!

Mais calmo e esperançoso Laranjinho entrega sua sorte a Angelita.
- Você se acomoda, se arruma lindo que vou falar com todos os passageiros para que deem uma oportunidade ao sanduiche. Ninguém  imagina que você está desse jeito…

Minutos depois, Angelita já tem toda a plateia  convencida e expectante com o regresso triunfal do Laranjinho.
Ela o olha no fundo do corredor e, com um sorriso de mãe orgulhosa, lhe faz sinais para que se aproxime. Chegou a hora de retornar.

A plateia começa  a cantar freneticamente: -sand-ui-chi-nho, sand-ui-chi-nho, sand-ui-chi-nho.
Laranjinho está prestes a dar o primeiro passo quando vê um embrulho jogado dum lado do corredor. Fiel servo dos ares, se ajoelha instintivamente para juntá-lo e um ruído seco deixa muda á plateia.

Presa do medo e a burla coletiva, Laranjinho tenta cobrir o rasgo que atravessa de lado a lado a sua calça e, entre lágrimas novamente, grita:
-Angelitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Ela, ciente do que está acontecendo, diz a seu marido:
-Amor,chega de papar esses “muffins”, tá? É grave, me passa a bolsa de costura!
Eu sabia que cedo ou tarde essa calça  ia trazer problemas a esse guri.

Cambalendo pelo corredor se aproxima do posto dos aeromoços.
Funde a preto.

FIM





[1] Bolsa para transportar a garrafa térmica e o chimarrão juntos.

22 de fev. de 2014

A colifata.


10:00AM. Férias, Buenos Aires, praça Armenia. Estou tentando acordar, a radio está ligada e uma voz profunda me agasalha junto com o edredão.
Radio La Colifata, transmitiendo del hospital psiquiátrico Borda.
Hoy les quiero contar una historia...[1]

Ser vaca no ”Río de La Plata” não é fácil.
O dia todo é grama, grama, soneca, ordenha,  grama,  grama, noite. De domingo a sexta sua vida transcorre igual: chata, vácua e triste como o olhar duma vaca no horizonte.
Pior ainda se você é uma vaca tão pretensiosa quanto Sheila.
Filha de mãe uruguaia e pai alemão, ganhou os mais importantes concursos do setor agro sem fazer nada, só sendo vaca. Mas mesmo assim não se acostumava com essa vida.
Com a cabeça cheia de fumaça, um tanto confusa e sem saber que era dona de um paraíso inigualável, um dia se cansou e fugiu.
Nem se importou com ninguém. Procurou  a sua babá Lindaura como cúmplice e juntas empreenderam viagem no vaca-móvel que nada tinha a invejar ao papa-móvel de João Paulo II.
Cheias de ideais e sonhos, partiram até a cidade onde imaginavam suas vidas mudariam para sempre: Buenos Aires. Meca do desenho de vanguarda, uma imensa oferta cultural e gastronômica, nada poderia sair mal. Quanto mais sucesso e prazer podia acontecer?
Rapidamente começaram a ser reconhecidas na paisagem “porteña”.
A vaca e sua “personal shopper” eram vistas todas as tardes borboleteando por Palermo Soho, San Telmo, Las Cañitas e tudo quanto novo canto “fashonista”  que aparecia no seu horizonte de vaca.
Até participou do reality show “A Vida da Vaca Sheila”. Foram alguns meses de sucesso viral, novos amigos e muito dinheiro. Até que numa manhã tudo isso sumiu.
E agora como continuar sem amigos, sem dinheiro e sem fama?
E as multas, promissórias e dívidas começaram a cair uma detrás da outra.
Foi duro, mas por sorte a Lindaura estava ali.
L: _ Será que éramos a coqueluche e agora a temos? Ninguém se importa com a gente. O único consolo são as liquidações de inverno, pensou...
V: _ Lindaura, vamos pra lá tem 50%.
V: _  Lindaura, venha pra cá tem 30%.
Mas chegou a primavera e com ela sumiram também os descontos imperdíveis.
V: _ Lindaura, vamos!
     _ Lindaura! Cadê você?
Cansada de empurrar o vaca-móvel e chateada por ser pobre, a Lindaura retornou covardemente para o campo.
V: Cadela maldita! Cuspiu nas próprias úberes que a alimentaram! Não acredito...
Nossa! E agora?
Nesse instante, tal qual uma carpideira, começou o choro mais longo que tinha feito em sua vida.
Nem no pior dos seus pesadelos imaginou o que estava acontecendo. Até Lindaura foi embora. Agora sim estava frente a frente com  a solidão, que chegou quase tão rápido como o efêmero sucesso, só que para sua companhia eterna.
Novamente, mas sem estar ciente, virou um personagem urbano.
O pessoal gritava: _ Olha só a Vaca Colifata. A “ex-fashionista”  virou maluca!
E assim passava as tardes parada no seu antigo vaca-móvel recebendo esmolas e engolindo o choro.
Algumas tardes, empolgada diante das vitrines, viajava em sua mente e imaginava ainda que sua vida duns meses atrás era certa, até que alguma velha maroca a acordava com seu sorriso maldoso.
Finalmente teve sorte demais. Um flanelinha se apiedou dela e a tirou da rua.
O Hospital Borda será sua nova casa.
Ali foi onde conseguiu chegar ao destino inicial de sua viagem, por um viés não esperado, mas chegou ao sucesso verdadeiro.
Virou a nova estrela da Rádio “La Colifata”*
Todas as tardes com seu olhar saudoso se erguia em frente  dum microfone e cativava a milhares de pessoas que ficavam paralisadas para escutá-la cantar.
Parabéns Sheila... desculpa, Colifata, você conseguiu!

10:15AM, putz! dormi de novo e minha Irmã está aguardando do outro lado da praça.
10:30AM. Desço rápido do apartamento, bato rápido as mãos para que ela me veja de longe.
Beijos, abraços e no meio de brigadinhas de Irmãs viramos rápido a esquina e grito: Nossa! é a vaca Sheila parada justo no cantinho da esquina.
Irmã : O que? Isso é um caminhão de concretagem. Qualquer pessoa que não seja  arquiteta sabe isso. Você está maluca?

-FIM-



[1] “La Colifata”:
[1]Em lunfardo, dialeto de Buenos Aires que significa “louco” dito com afeto e respeito. “Louco adorável”
[1]A radio “La Colifata” foi creada no ano 1991, se construiu como a primeira radio no mundo em transmitir dum hospital neuropsiquiátrico.





Obrigada Litercultura, Gráfica Monalisa e Fundação Cultural de Curitiba  pela publicação :)


5 de fev. de 2014

Nina

Se aproxima el fin del año. Tiempo de consumo a granel y promociones absurdamente irresistibles.

Influenciada por las contaminantes ideas de una amiga, decidí promover una Navidad sin consumo. Para ser sincera, no lo conseguí completamente, de hecho mi valija viajó un poquito inflada de más, pero... un granito de arena aporté, o por lo menos un poco menos consumí.

Una de las favorecidas fue Lula, a la cual le hice un cuadrito para su cuarto. Nina es el resultado.


El 25 entre juegos y risas interminables decidimos inventar su historia, que había quedado inconclusa.


Me acompañaron en 

este juego: Vale, Lula y Tom; 
casi con seguridad los niños más lindos, geniales y tiernos del mundo :) Los adoro!



Había una vez una niña que tenía el pelo tan, pero tan largo, que…demoraba horas en secárselo.
Su padre le decía: cortate el pelo hija!
Pero Nina no quería.
Me gusta el pelo largo papá!!!
Por lo menos cortate las puntas y un poco más…
No, no y no! Me lo voy a dejar crecer hasta el piso!
El padre dice: ya me cansé de secarte el pelo.
Pero tenemos que encontrar una solución, dice la mamá. Hace una semana que estamos secándote el pelo!
El,  secaba el pelo lunes, miércoles y viernes y Mona, la mamá, el resto de los días.
Los vecinos a veces conmovidos con el duro trabajo de los padres, ayudaban los fines de semana o en sus ratos libres.
Algunas tardes se escuchaban rezongos: Ya no podés ni jugar! Atate ese pelo que te vas a romper los dientes Nina!
Nina dijo que si, pero fracasó en el intento. Con el pelo todavía mojado, era casi imposible atar esa larga cabellera
Una tarde estaba durmiendo la siesta colgada de un árbol y sus padres sigilosamente intentaron cortarle el pelo. Pero no lo lograron. Nina alerta, salió corriendo y, con su pelo al viento logró que se secara un poco.
Al final del día, con el pelo seco pero salvajemente despeinado,  se durmió.
Sus padres intentaron cortarle el pelo nuevamente, pensando que cansada de tanto correr no se daría cuenta. Pero, gracias a su alarma anti tijeras, pudo salvar su larga cabellera otra vez.
No podía seguir así. Cansada de luchar contra sus padres intentó nuevas formas de secarse el pelo sola, para asi demostrarles que sus protestas eran infundadas.
Fue asi que intentó, salir a  correr maratones con el pelo suelto, pararse enfrente al ventilador de la abuela, colgarse junta a la ropa recién lavada bajo el  sol caliente del verano y nada… no lo lograba.
Luego de años de lucha, berrinches y peinados exóticos, la solución llegó justo al final de las vacaciones.
Caminando por la feria conoció a Pietro, un joven que hacía peinados afro rastas.
Un nuevo mundo a sus pies. Ser rasta le permitió no lavarse nunca más el pelo, y con eso nunca tuvo más problemas con el secador.

Y colorín colorado Nina rasta ha terminado.

-FIN-

Les recomiendo el rincón de Vale: http://vale72470.blogspot.com/

3 de out. de 2013

A cozinha da nati

O bom de ser arquiteta é que tenho muitas amigas arquitetas, algumas delas incondicionais... tudo o que eu faço adoram :)
Acho que a primeira na lista é Nati, uma super arquiteta ousadamente maluca que um dia deixou tudo e se mudou a Punta del Diablo, tipo fim do mundo em inverno, paraíso hippie-chic cheio cheio em verão. 
Como se isso fosse pouco, em tempo record conseguiu fazer sua casa (um projeto lindo demais!) e me convidou para desenhar a parede da cozinha, a unica rebocada dentro da caixa de madeira.
A cozinha da Nati

Além disso em dias muito cansativos e de dúvidas vocacionais (sim, tou pisando os 20 e ainda duvido ;) desenhar, desenhar e desenhar (por exemplo a parede da cozinha duma amiga) é super reconfortante.

E nem que dizer de assistir ao vídeo viral do momento.


Vamos a procura de nossas vocações e paixões!!!
Obrigada Nati pelo espaço!



acima da estante

acima da bancada


a porta do banheiro


A interpretação foi livre demais... mais ela está também contenta demais e daqui a pouco já começará a morar na sua casa.
Parabéns!
Beijos amiga :)

12 de jun. de 2013

A loirinha viciada em coxinhas de frango

É “vox populi”.

Nos dias de hoje os vilões têm evoluído tanto que essa coisa caricaturesca, do vilão feio, grandão, que faz tremer as velhinhas, já foi!
Só basta lembrar o caso da loirinha viciada em coxinhas de frango.

Alguns darão risada ao escutar isso, mas não é tão engraçado.
Milhares de criancinhas de colo e até velhinhos famintos têm ficado sem sua refeição, por causa dessa viciada.

Ninguém se aprofundou nas causas de sua doença, mas também quem tentaria investigar, sabendo o histórico da criminosa?

Algumas fontes anônimas têm dito que a “psycho” Coxinha vem duma família humilde do meio rural: pai criador de frangos, avó cozinheira e mãe atendente numa barraquinha de coxinhas de frango. O que teria começado como um simpático negócio familiar virou uma tragédia. A fofoca da vizinhança diz que a criancinha ia visitar a sua mãe na barraquinha e, ainda na pontinha dos pés, chorava pedindo “mais uma, mais uma coxinha, mamãe !!!”

Tire suas próprias conclusões.

Que Deus, Sai Baba, ou sei lá quem, cuide dela! Por enquanto você cuide de sua refeição.
Uma outra corrente sustenta uma versão totalmente oposta, na qual a loirinha seria uma heroína. Ela verdadeiramente estaria se imolando em prol do vegetarianismo universal. Se ela esvaziar as casas das coxinhas, se supõe que milhares de franguinhos indefesos estariam se salvando... Uma versão um pouco inacreditável, provavelmente mais uma lenda entre tantas.

Seja vilã ou heroína, tanto faz. Fica a dica: se passar por perto duma "Casa das Coxinhas", fique de olho... a próxima vítima poderá ser você.

Dedicado a Vanessa e Carol, as loirinhas viciadas em coxinhas que inspiraram esta historinha :)